COLECIONADORES DE CARROS ANTIGOS PEÇAS E ACESSÓRIOS
O Jaguar XK 120, uma relíquia da década de 50, três anos de reforma e olha a beleza do antigo campeão de velocidade.
Muitos ferros-velhos ainda têm peças dos modelos mais antigos fabricados no Brasil. Os colecionadores de carros antigos vivem num mundo à parte.
O prazer de ter um carro com mais de trinta anos, de marca famosa e em bom estado de conservação nunca foi compartilhado por tantos brasileiros. No início dos anos 90 existiam pouco mais de 2.000 diligentes donos de carangos que marcaram época. O número triplicou de lá para cá. Atualmente, os colecionadores estão em torno de 6.000, de acordo com um levantamento da Fundação Memória do Transporte, sediados em Brasília. As jóias mais fulgurantes do mundo dos automóveis antigos são os modelos de luxo, alguns deles importados antes que a indústria nacional apertasse os parafusos de seu primeiro veículo. As coleções não vivem, contudo, apenas de preciosidades estrangeiras.
O número de colecionadores explodiu, em parte, porque aumentou a procura por carros nacionais das décadas de 50 e 60. É fácil entender por que isso ocorreu. Muitos ferros-velhos ainda têm peças dos modelos mais antigos fabricados no Brasil, o que barateia os preços. Daí por que ganharam importância coleções como do popular Fusca, que já reúne cerca de 1 000 colecionadores em todo o país. "O colecionador deixou de ser um milionário excêntrico", diz Roberto Nasser, presidente da fundação. "O perfil atual é de quem herdou um carro da família, restaurou-o e criou gosto por esse hobby." Recuperar a aparência original de uma sucata está longe de ser um passatempo barato. Para quem gosta compensa. Depois de restaurados, a beleza dos carros antigos salta aos olhos. O Fusca já completou 75 anos, é um dos carros mais populares do país e reuniu colecionadores nesse domingo em Atibaia. Cerca de 150 carros passaram pela exposição.